O melhor encorajamento
Depois os três se assentaram no chão com ele, durante sete dias e sete noites. Ninguém lhe disse uma palavra, pois viam como era grande o seu sofrimento (Jó 2.13).
Em nosso texto base encontramos Jesus passando por um momento de muita angústia e dor. Nesta hora difícil, ele entrou no Jardim do Getsêmani e disse aos seus discípulos: “Sentem-se aqui enquanto vou ali orar” (Mateus 26.36). Então ele escolheu Pedro, Tiago e João para irem com ele. Sobre esta passagem, li um texto que dizia: “Note que Jesus não disse: Expliquem isso para mim, porque ele não precisava de nenhuma explicação. Ele era Deus, no fim das contas. Tampouco disse: preguem para mim, porque ele certamente não precisava de um sermão. Ele só queria que seus amigos ficassem com ele. Jesus estava solitário, e estava pedindo um pouco de companhia”.
Existem momentos em que ninguém pode fazer nada por nós, mas é muito importante sentir que temos alguém por perto. Como os amigos de Jó, que em um primeiro momento, quando viram a grande dor pela qual seu amigo passava, ficaram junto dele. Ficaram durante sete dias e sete noites quietos. Este é o melhor tipo de encorajamento. Simplesmente estar presente, chorar com os que choram, levar os fardos do outro.
Quando nos aproximamos de alguém sofrendo, sentimo-nos na obrigação de confortá-lo, de falar alguma coisa que o ajude. Não temos esta obrigação e, na maioria das vezes, esta pessoa não quer ouvir nossa opinião, ela apenas quer ser ouvida. Temos um mau costume, não sabemos ouvir. Quando alguém conta um problema, nós sempre queremos contar um problema maior. Contar que também sofremos, na maioria das vezes, não vai consolar alguém. Falar que nosso problema é tão grave ou mais grave do que o do outro vai apenas indicar que estou desprezando a dor que esta pessoa está sentindo.
Precisamos aprender a ser companheiro do outro. Mais do que falar, ouvir, mais do que fazer algo, apenas estar presente.
O melhor encorajamento é a aproximação.