Jejum
Mateus 6.16-18
Contudo, quando estavam doentes, usei vestes de lamento, humilhei-me com jejum e recolhi-me em oração (Sl 35.13).
“A maioria dos cristãos destaca a necessidade da oração diária e da contribuição sacrificial, mas poucos insistem no jejum. O cristianismo evangélico, em particular, cuja ênfase característica está na religião interior, do coração e do espírito, tem dificuldade em render-se a uma prática física exterior como o jejum” (John Stott).
Nesta passagem de Mateus 6.16-18, Jesus fala a respeito do jejum como uma prática devocional. Jesus não só esperava que seus seguidores jejuassem, mas também deu instruções sobre como fazê-lo. Certa vez disse aos que lhe perguntaram por que os discípulos não jejuavam: “Dias virão, contudo, em que lhes será tirado o noivo, e nesses dias hão de jejuar” (Mt 9.15). Enquanto ele estivesse junto com os discípulos não havia necessidade para o jejum.
Mas e hoje? Existe a necessidade de praticarmos o jejum? Sim! Vivemos nestes dias que o noivo foi tirado e devemos jejuar.
O que é o jejum? “Falando estritamente, é uma total abstenção de alimento. Mas pode ser legitimamente ampliado para uma abstenção parcial ou total, durante períodos de tempo mais curtos ou mais longos” (John Stott).
Jejum é uma forma de nos humilharmos diante de Deus. Uma expressão de arrependimento e busca pela misericórdia de Deus. Podemos jejuar quando precisamos buscar a Deus para orientação ou bênção especial. A prática do jejum também é importante na busca pelo domínio próprio e autodisciplina. É uma forma de aumentar o nosso autocontrole.
É importante sempre ter o cuidado para não fazer do jejum um espetáculo, como os fariseus faziam. Eles costumavam desfigurar o rosto e se mostravam contristados. “Eles provavelmente negligenciavam a higiene pessoal, ou cobriam a cabeça com panos de saco, ou talvez passavam cinza no rosto para ficarem mais abatidos, mais tristes e, em consequência, visivelmente “santos” (John Stott).
Há tempo para todas as coisas, há tempo para o jejum.