Espada mágica
Salmo 27.11-14
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão satisfeitos (Mt 5.6).
Existe uma história muito antiga, sobre um jovem comum que estava com muito medo de testar sua habilidade com as armas, no torneio local. Certo dia, seus amigos quiseram pregar-lhe uma peça e lhe deram de presente uma espada, dizendo que tinha um poder mágico muito antigo. O homem que a empunhasse jamais seria derrotado em combate. Para surpresa deles, o jovem correu para o torneio e pôs em uso o presente, ganhando todos os combates. Ninguém jamais vira tanta velocidade e ousadia na espada. A cada torneio, a notícia de sua maestria se espalhava, e não tardou a ser ovacionado como o primeiro cavaleiro do reino. Por fim, achando que não faria mal nenhum, um dos seus amigos revelou a brincadeira, confessando que o instrumento não tinha nada de mágico, era só uma espada comum. Imediatamente o jovem cavaleiro foi dominado pelo terror. De pé na extremidade da área de combate, as pernas tremeram, a respiração ficou presa na garganta e os dedos perderam a força. Incapaz de continuar acreditando na espada, ele já não acreditava mais em si mesmo. E nunca mais competiu. Reflexão: Será que precisamos de “Mágica” em nossa vida ou temos consciência de nosso valor e de nosso potencial?
Acredito que muitas pessoas poderiam fazer certas coisas com maior desenvoltura se vencessem o medo. Falta coragem para arriscar, decisão para agir, sempre cheios de dúvidas quando já deveriam ser mestres. Bertrand Russell disse: “A coisa mais penosa do nosso tempo é que são tolos os que têm convicções, e os que possuem imaginação e raciocínio vivem cheios de dúvidas e indecisão”. Às vezes vemos “tolos” ocupando certos cargos e logo pensamos: Tem muita gente mais capacitada que deveria estar ocupando este cargo. Mas pode ser que esta pessoa mais capacitada não teve a mesma coragem de procurar aquele emprego. Viver exige coragem, fome e sede de fazer o bem, em lugar do medo.
Insegurança é o princípio do fracasso.